sexta-feira, 24 de maio de 2019

Um Museu para a Cidade Cerâmica (parte III)

7. O novo Museu de Cerâmica
7.1. Localização e programa construtivo 
O novo Museu de Cerâmica deve integrar a Quinta do Visconde de Sacavém, com os edifícios afectos ao actual Museu de Cerâmica e, consequentemente, o ou os novos edifícios a construir deverão situar-se em local contíguo. A circunstância de, nas imediações do actual museu, se situarem o complexo de museus municipais de escultura e o Centro de Artes, o Parque D. Carlos e o Museu José Malhoa, o edifício histórico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, as oficinas municipais de cerâmica e o futuro Hotel Montebelo-Bordalo Pinheiro reforçam a necessidade de manter essa lógica de corredor criativo já em tempos defendida.
Rua Visconde de Sacavém
Conviria, por isso, que a intervenção arquitectónica fosse acompanhada por um planeamento urbanístico cuidado. Haverá problemas de mobilidade, circulação e estacionamento, de harmonização das zonas verdes com o edificado, a ponderar. Importa que o novo espaço público seja acolhedor, convidativo, em suma, vivo.
O programa construtivo deverá contemplar as valências a seguir enumeradas, para o que se teve em conta o “Programa de Ampliação do Museu de Cerâmica” elaborado pela respectiva direcção, em 2011.
Assim, esse programa deverá contemplar a requalificação dos actuais edifícios afectos ao Museu de Cerâmica e a edificação de um ou dois espaços afectos a uma exposição permanente consideravelmente expandida e as outras funções actualmente inexistentes. 
A nova edificação deverá poder acolher os seguintes serviços:
-       Espaço para exposição permanente (adiante indicado, no item dedicado ao programa museológico);
-       Espaço para exposições temporárias;
-       Uma biblioteca e centro de documentação;
-       Uma sala de conferências;
-       Uma black box;
-       Espaço para os serviços educativos;
-       Loja;
-       Reservas visitáveis;
-       Reservas;
-       Laboratório e oficina de conservação e restauro;
-       Sala do voluntariado;
-       Cafetaria e restaurante;
-       Laboratórios criativos.

7.2. O novo Museu de Cerâmica: programa museológico
O programa museológico do novo Museu de Cerâmica assenta nos seguintes vectores fundamentais: 
-      a redefinição da exposição permanente, de modo a actualizar o conhecimento dos principais momentos históricos da produção cerâmica caldense e permitir novas leituras da actividade cerâmica em transformação; 
-      a gestão e programação do património cerâmico urbano numa lógica de revalorização do espaço publico da cidade;
-      a articulação com os núcleos museológicos de cerâmica na cidade sob gestão de outras entidades;
-      museu que, a par da conservação e apresentação de colecções, coloca no centro da sua acção a curadoria, a criação de narrativas e a articulação tanto com a indústria como com a criação contemporânea;
-      a concepção e desenvolvimento de projectos colaborativos, envolvendo cada um ou todos os membros da rede;
-      o estabelecimento de parcerias com entidades nacionais e internacionais que partilhem objectivos comuns ou complementares;
-      elaboração de um projecto visando o inventário do património cerâmico depositado nos museus portugueses;
-      museu que encoraja o depósito de colecções particulares, cuja conservação garante em condições a acordar com os seus proprietários, a que poderá facultar visitas na modalidade de reservas visitáveis. 
Propõe-se que a exposição permanente contemple os seguintes núcleos:
-      Cerâmicas antigas (séculos XVI-XVIII);
-      O neo-palissy (séculos XIX-XX);
-      Manuel Mafra;
-      Rafael Bordalo Pinheiro;
-      Indústria, tecnologia e ciência;
-      Cerâmica de construção;
-      A cerâmica contemporânea (segunda metade do século XX);
-      O design cerâmico;
-      A cerâmica em espaço público (núcleo que funciona no âmbito do Centro de Interpretação e Gestão do Património Cerâmico Urbano, já referido), com apontamentos relativos a:
- Roteiro da azulejaria de interior;
- Roteiro da azulejaria de fachada;
- Roteiro das intervenções escultóricas em espaço público.
Edifício da antiga Fábrica San Rafael
fundada por Manuel Gustavo e Helena Bordalo Pinheiro
A estes núcleos acrescem outros, sob gestão de outras entidades:
-      Da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha à Bordallo Pinheiro – Museu de história da empresa a instalar pelo Grupo Visabeira nas instalações da antiga fábrica San Rafael, fundada por Helena Bordalo Pinheiro e Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro;
-      A cerâmica no ensino industrial (Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro);
-      A formação profissional e técnica de cerâmica nos tempos da globalização (CENCAL);

8. Caderno de encargos imediato
Esta proposta tem a intenção de colocar em discussão prévia uma eventual aceitação da transferência do actual Museu de Cerâmica para a Câmara Municipal das Caldas da Rainha. Trata-se de um ponto de partida. Corrigida, eventualmente modificada, o ponto de chegada habilitaria o município a definir os objectivos últimos, como a enquadrar opções imediatas, a priorizar e orçamentar investimentos.
Edificações da Faianças Bordalo Pinheiro
adquiridas pela Câmara Municipal
Das considerações anteriores deverá reter-se que a aceitação da transferência da gestão do actual museu convida a pensar numa revalorização do legado cerâmico caldense, com novos instrumentos e processos, o que passa por, desde logo, projectar um novo Museu de Cerâmica.
Se se aceitar estes pressupostos, a primeira decisão política é a que respeita ao local e ao tipo de construção que deverá albergar o museu expandido. Estamos a falar de uma construção que não poderá ser inferior a 2500 metros quadrados de área expositiva total a que se acrescentaria o espaço necessário para os novos serviços.
No passado, só foi equacionada a hipótese de um novo museu com traço de um arquitecto de prestígio. Tem sido essa uma prática frequente em Portugal. Não gostaria porém de descartar outra hipótese para ponderação: despender uma verba menos vultuosa no novo edifício, libertando assim meios financeiros para a requalificação do palacete do 2º Visconde de Sacavém. Nesta hipótese, a solução podia passar por opção inspirada na que foi seguida pelo Museu da Cidade em Lisboa, ao construir dois pavilhões expositivos nos jardins do Palácio Pimenta.
O segundo item de decisão será a localização do novo edifício. Parece desaconselhável reduzir a área ajardinada da Quinta do Visconde de Sacavém. No passado, creio ter sido aventada a possibilidade de eliminar a rua Visconde de Sacavém, forjando uma continuidade entre a Quinta e o Parque D. Carlos. Esta operação tem méritos que não devem ser menorizados.
Há todavia uma outra possibilidade a encarar. A Câmara Municipal adquiriu, numa fase crítica da Fábrica Bordalo Pinheiro, parte das instalações fabris desta empresa na rua Bordalo Pinheiro. Não conhecendo a área exacta desta propriedade municipal, alvitraria que não deverá ser inferior a 2500 m2. Assim sendo, parece possível implantar aí um edifício de dois pisos e uma cave/reservas que cumpra o programa construtivo acima apresentado.
Edifício que poderá acolher as Oficinas Criativas do município 
Há que encarar, também no imediato, a aquisição de peças a coleccionadores particulares de forma a garantir a representatividade e equilíbrio dos diversos núcleos da exposição permanente. As colecções públicas apresentam uma lacuna grave no que respeita à cerâmica de Manuel Mafra e seus contemporâneos. O foco dominante em Bordalo Pinheiro e a valorização das peças que assinou explica que não se tenha prestado a atenção merecida a esse fabrico de louça de inspiração palissy. A investigação permitiu, em anos recentes, resgatar a obra de Manuel Mafra, mas as colecções públicas ainda não lhe fizerem justiça.
A derradeira parte deste caderno de encargos terá a ver com o modelo de gestão deste ambicioso programa museológico. Também aqui há decisões prévias cruciais a tomar.

9. Modelo de gestão
Esta proposta não ficaria completa se não colocasse à discussão também um modelo de gestão. A complexidade e vastidão das tarefas aconselham em primeiro lugar que se não cinja a estrutura de direcção a uma única figura.
Sou favorável a uma estrutura directiva com três membros, um presidente e dois vogais, dividindo entre si áreas e tarefas atribuíveis. O Presidente da estrutura executiva deve ser nomeado após concurso público, sendo os restantes dois, um de nomeação pela Câmara e outro indicado por um Conselho Geral.
Competiria ao Conselho Geral, formado por representantes de todas as entidades da rede e presidido por uma Mesa eleita, acompanhar o exercício da direcção executiva. Completa o organograma dirigente um Conselho Científico, proposto pela direcção e aprovado pelo Conselho Geral.
Podemos colher alguma inspiração em experiências que envolvem a gestão cultural de territórios e patrimónios equiparáveis.
Estou firmemente convicto de que este projecto, se não dispensa a presença do sector público, no suporte financeiro e na inscrição estratégica na política pública para a cultura, também não poderá ficar aprisionado pelos constrangimentos administrativos e técnicos que decorreriam de uma gestão organizada a partir do enquadramento funcional e administrativo da Câmara Municipal.
Sou favorável à criação de uma entidade – sociedade ou fundação – de capitais exclusivamente públicos ou mistos (públicos/privados) para a gestão da qual os organismos tutelados pela administração Central ou Local possam transferir a gestão do novo Museu, dos espaços públicos com património cerâmico protegido. A esta entidade caberia igualmente a gestão do projecto associado à candidatura das Caldas da Rainha a Cidade Criativa da UNESCO, com os compromissos nele assumidos pela autarquia.
Estufas do Parque (no futuro, Concept Store?)
A decisão sobre o modelo de gestão deve ser acordada entre Autarquia e Governo antes da transferência da gestão do actual Museu de Cerâmica. Este processo inspira-se num precedente, o da sociedade “Monte da Lua”, constituída no âmbito de classificação de Sintra como Património Cultural da Humanidade.



10. Bibliografia sobre cerâmica das Caldas (pós 1977)
10.1. Catálogos
150 Aquisições do Museu de Cerâmica, 1988-1993[Exposição organizada pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha e pelo Museu de Cerâmica, de 16 de Outubro a 15 de Dezembro]. Caldas da Rainha, Câmara Municipal, 1993.
A Arte da Miniatura em Barro. Escultores e Barristas. Caldas da Rainha, Museu de José Malhoa, 1988.
A Arte do Barro nas Caldas. Homenagem a Rafael Bordalo Pinheiro. Caldas da Rainha, Museu de José Malhoa, 1984.
Atelier Cerâmico Visconde de Sacavém: Caldas da Rainha (1892-1896) [Exposição organizada pelo Museu de Cerâmica, de 23 de Outubro de 1999 a 30 de Março de 2000]. Caldas da Rainha, Museu de Cerâmica, 1999.
Biblioteca de um Ceramista Industrial (1880-1890). Brochura de exposição. ESAD, Caldas da Rainha, 2019
Caminhos do Barro. I Simpósio Internacional de Cerâmica. Museu de Cerâmica, Caldas da Rainha, 2001
Cerâmica: Colecção do Cencal. Catálogo. Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Caldas da Rainha, 1995
A Cerâmica das Caldas. Colecção A. Lucas Cabral. [Exposição organizada por Nicole Loureiro e Maria Exaltina Gil Nogueira]. 3ª edição revista, Caldas da Rainha, Museu de Cerâmica, 1986
Cerâmica decorativa moderna portuguesa.Catálogo. Exposição integrada no 1º Simpósio Internacional sobre Azulejaria. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1971
Cinquenta Anos de Cerâmica Caldense, 1930-1980[Organizada pelo Grupo de Amigos do Museu de Cerâmica, de 22 de Julho a 30 de Setembro]. Caldas da Rainha, Grupo de Amigos do Museu de Cerâmica, 1990.
Colecção de Cerâmica da Casa Museu Vieira Natividade. Catálogo. Coord. Jorge Pereira de Sampaio. IPPAR, Lisboa, 2006
Colecção Municipal Ferreira da Silva. Primeiras Aquisições. Coord. João B. Serra. Catálogo. Câmara Municipal das Caldas da Rainha. Caldas da Rainha, 2009
Colecção Pereira de Sampaio: OAL – Olaria de Alcobaça (1927-1986). 90 Anos, 90 Peças. Coord. De Jorge Pereira de Sampaio. Catálogo. Edição de autor, Alcobaça, 2018
Costa Mota Sobrinho (1877-1956): Obra Cerâmica e Escultórica[Exposição organizada pelo Museu de Cerâmica, Novembro]. Caldas da Rainha, Museu de Cerâmica, 2001.
Decorativo Apenas? Júlio Pomar e a Integração das Artes. Catálogo. EGEAC/Atelier-Museu Júlio Pomar, Lisboa, 2016
Estúdio Secla: uma Renovação na Cerâmica Portuguesa[Exposição organizada pelo Museu Nacional do Azulejo, de Dezembro de 1999 a Abril de 2000]. Lisboa, Museu Nacional do Azulejo, 1999
Expo Caldas 77[Organizada pelo Museu de José Malhoa]. Caldas da Rainha, Museu de José Malhoa, 1977
Exposição Azulejos de Lisboa [Organizada pela Câmara Municipal de Lisboa, Fevereiro/Março]. Lisboa, Câmara Municipal, 1984
Exposição de Miniaturas de Francisco Elias. Caldas da Rainha, Museu de Cerâmica, 1987
Faiança Portuguesa do Ateneu Comercial do Porto. Porto, Ateneu Comercial, 1997.
Faianças de Rafael Bordalo Pinheiro. Exposição Comemorativa  do Centenário da 
O Homem Pensa Porque Tem Mãos. José Aurélio. Exposição com curadoria de Nuno Faria. Câmara Municipal das Caldas da Rainha, 2018
Jorge de Almeida Monteiro, 1908-1983. Catálogo. Museu Municipal do Bombarral, Bombarral, 1997
A Minha Janela Dá para um Jardim. Ferreira da Silva[1995]. Catálogo.Cencal, Caldas da Rainha.
Fundação da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884-1984) [Organizada pela Câmara Municipal de Lisboa, Outubro-Dezembro]. Lisboa, Câmara Municipal, 1985.
Formas da Olaria das Caldas da Rainha[Exposição organizada por Herculano Elias e Helena Gonçalves Pinto, de 15 de Maio a 13 de Julho]. Caldas da Rainha, Câmara Municipal, 1997.
Gil Vicente: Exposição de Armando Correia, 1994/1995[Organizada pelo Gabinete de Animação Termal do Centro Hospitalar das Caldas da Rainha]. Caldas da Rainha, Centro Hospitalar, 1994.
Guia do Museu Rafael Bordalo Pinheiro. Lisboa, Câmara Municipal, 1991.
Herculano Elias: Momentos de um Percurso[Exposição organizada pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha, de 15 de Maio a 30 de Junho]. Caldas da Rainha, Câmara Municipal, 1996.
As Idades dos Mares: Formas e Memórias de Inspiração Marítima[Exposição organizada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, Feira do Artesanato, Julho]. Lisboa, Instituto de Emprego e Formação Profissional, 1999.
As Idades da Terra: Formas e Memórias da Olaria Portuguesa [Exposição organizada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, Feira do Artesanato, Julho]. Lisboa, Instituto de Emprego e Formação Profissional, 2003.
Loiça das Caldas. Colecção de Duarte Pinto Coelho[Exposição organizada pelo Museu de Artes Decorativas Portuguesas, em Novembro]. Lisboa, Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, 1995.
Manuel Cipriano Gomes: de Mafra às Caldas e Volta[Exposição organizada pelo Museu de Cerâmica, na Casa da Cultura D. Pedro V, em Mafra, de 7 de Agosto a 15 de Outubro]. Mafra, Câmara Municipal, 1999.
Monsaraz Museu Aberto[Organização da Câmara Municipal, de 20 a 28 de Julho], Reguengos de Monsaraz, Câmara Municipal, 2002.
Mostra de Faiança Portuguesa. Arouca, Museu de Arte Sacra de Arouca, Real Irmandade Rainha Santa Mafalda, 1998.
Ofélia Sinais e Signos. Catálogo. Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Caldas da Rainha, 1994
Produto Próprio: Colaborações entre Artistas Plásticos e a Indústria Cerâmica da SECLA. Catálogo. ESAD, Caldas da Rainha, 2019
Roteiro Turístico. Rota Ferreira da Silva Desdobrável. Pelouro do Turismo da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Caldas da Rainha, 2016
Simpósio Internacional de Cerâmica Alcobaça 87[1987]. Catálogo. Instituto do Comércio A Paixão de Cristo na Obra de Rafael Bordalo Pinheiro. Homenagem das Caldas da Rainha no 80º Aniversário da sua Morte. Caldas da Rainha, Museu de José Malhoa, 1985.
Rafael Bordalo Pinheiro, o Português Tal e Qual, da Caricatura à Cerâmica. O Ceramista (1884-1905) [Exposição organizada pela Pinacoteca do Estado, de 2 de Julho a 4 de Agosto]. São Paulo, Pinacoteca do Estado, 1996.
Rafael Bordalo Pinheiro, Ontem e Hoje[Exposição organizada pelo Gabinete de Estudos Olissiponenses, no Palácio do Beau Séjour, de 15 de Julho a 30 de Agosto]. Lisboa, Câmara Municipal, 1993.
Rafael Bordalo Pinheiro: Humor e Costumes[Exposição organizada pelo Instituto de  Formação Profissional, Feira do Artesanato, Julho], Lisboa, Instituto de Emprego e Formação Profissional, 1989.
Sob o Signo do Nacionalismo: a Cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro. Exposição Evocativa dos 150 Anos do Nascimento de Rafael Bordalo Pinheiro, 1846-1905[Organizada por Paulo Henriques e João B. Serra, para o Museu do Hospital e das Caldas, de 14 de Dezembro de 1996 a 28 de Fevereiro de 1997]. Caldas da Rainha, Centro Hospitalar, 1996.
Ygrego, 10 anos: 1989-1999. S.l., Galeria de Arte Ygrego, 1999.

10.2. Estudos monográficos
AAVV, “Características técnicas e processos de fabrico” [estudo elaborado pela equipa técnica do laboratório do Cencal]. In Manuel Cipriano Gomes: de Mafra às Caldas e Volta, catálogo, 1999.
Araújo, Margarida, “Manuel Mafra: o Ceramista nas Caldas de Oitocentos”. InManuel Cipriano Gomes: de Mafra às Caldas e Volta, catálogo, 1999.
Araújo, Margarida, Silva, Joaquim António, Paredes de louça, Azulejos de fachada das Caldas da Rainha. Património Histórico, 1993.
Araújo, Margarida [2008], “As Paredes de Louça das Caldas da Rainha: Roteiros de Luz e Cor”. In O Azulejo nas Caldas da Rainha: Memória, Cerâmica, Brilho, Expressão e Narrativa Histórica. Museu do Hospital e das Caldas, Caldas da Rainha.
Araújo, Margarida [2009], “Ofélia II”. In Colecção Municipal Ferreira da Silva. Primeiras Aquisições[2009]. Catálogo. Câmara Municipal das Caldas da Rainha. Caldas da Rainha.
Calado, Rafael Salinas [2002], “Ferreira da Silva, Ceramista e Mestre”. In Monsaraz Museu Aberto. Catálogo. Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz.
Chaves, Joaquim Matos, “Ferreira da Silva”. In Ygrego, 10 anos: 1989-1999, s.l., Galeria de Arte Ygrego, 1999.
Couto, Matilde Tomás do, “A Arte da miniatura em Portugal”. In A Arte da Miniatura em Barro. Escultores e Barristas, catálogo, 1988.
Dias, Aida Sousa, Machado, Rogério,A Cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro. Porto, Lello, 1987.
Elias, Herculano, Técnicas Tradicionais da Cerâmica das Caldas da Rainha, Caldas da Rainha, Património Histórico, 1996.
Ferrão, Rita Gomes, Hansi Stäel. Cerâmica, Modernidade e Tradição. Objectivismo. Lisboa. 2014.
Ferrão, Rita Gomes [2017], “Para um Bestiário Moderno”. In Animais na Cerâmica Caldense. Colecção de João Maria Ferreira[2017]. Catálogo. Câmara Municipal das Caldas da Rainha/Molda. Caldas da Rainha.
Figueiredo, Matilde Pessoa de, “Alguns elementos inéditos sobre a cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro”. In Jornal Novo, edições de 13, 14 e 15 de Julho de 1978.
Figueiredo, Matilde Pessoa de, “Cerâmica do Museu Rafael Bordalo Pinheiro: cronologia, análise, elementos inéditos”. In Lisboa – Revista Municipal, 2ª série, nº 1, Lisboa, 1977.
França, José-Augusto, Rafael Bordalo Pinheiro: o Português Tal e Qual. Lisboa, Bertrand, 1982.
Gandra, Manuel J., A Cerâmica Tradicional de Mafra. Ericeira, Mar de Letras, 1999.
Henriques, Paulo, “Cerâmica Bordalo Pinheiro”. In Rafael Bordalo Pinheiro, o Português Tal e Qual, da Caricatura à Cerâmica. O Ceramista, catálogo, S. Paulo, 1996.
Henriques, Paulo, “Herculano Elias”. In Herculano Elias: Momentos de um Percurso, catálogo, 1996.
Henriques, Paulo, “O Estúdio da Fábrica Secla. Entre a Arte e o Design. In Estúdio Secla: Uma Renovação da Cerâmica Portuguesa, catálogo, 1999.
Horta, Cristina Ramos, “A produção do Atelier Cerâmico Visconde de Sacavém”. In Atelier Cerâmico Visconde de Sacavém, Caldas da Rainha (1892-1896), catálogo.
Katz, Marshall P., “Rafael Bordalo Pinheiro, a Portuguese Ceramics”. In The Magazine Antiques, New York, August 1997.
Katz, Marshall P., Portuguese Palissy Ware: A Survey of Ceramics from Caldas da Rainha, 1853-1920. Nova Iorque, Hudson Hills Press, 1999. 
Meco, José, “Azulejos e Cerâmica na Região Caldas da Rainha/Óbidos”. In Linha do Oeste: Óbidos e Monumentos Artísticos Circundantes, Benedita Pestana (coord.). Lisboa, Assírio & Alvim, 1998.
Meco, José, “Entre Paris, Caldas e Lisboa: a obra cerâmica de Costa Mota Sobrinho”. In Costa Mota, Sobrinho (1877-1956): Obra Escultórica e Cerâmica, catálogo, 2001.
Moita, Irisalva, “A cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro”. In Faianças de Rafael Bordalo Pinheiro. Exposição Comemorativa  do Centenário da Fundação da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884-1984), catálogo,1985.
Moita, Irisalva, A Caricatura na Obra Cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro, Caldas da Rainha, Museu de José Malhoa, 1987.
Morais, Cristina Lança, Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (1867-1920): Breve Apontamento Biográfico, 2003 [texto dactilografado].
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Pinto, Helena Gonçalves, “Um projecto de renovação da cerâmica. O Estúdio da Secla”. In Estúdio Secla: uma Renovação na Cerâmica Portuguesa, catálogo, 1999.
Ribeiro, Alberto Pinto, A Nova Cerâmica das Caldas (Séc. XX). S.l., edição do Autor, 1989.
Sáez, Rita Maria Elias, Quinta Visconde de Sacavém: Uma Sensibilidade Romântica. Monografia elaborada no âmbito do seminário de História de Arte, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 2001 (exemplar dactilografado).
Serra, João B. e Cândido, Paula, “Cerâmica caldense 1927-1977: subsídios para uma cronologia”. In Cinquenta Anos de Cerâmica Caldense, 1930-1980, catálogo, 1990.
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Soure, Dulce, “A Escola e a cerâmica das Caldas”. In Cinquenta Anos de Cerâmica Caldense, 1930-1980, catálogo, 1990
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