segunda-feira, 23 de outubro de 2017

EXIT II: A cerâmica nas montras da cidade

A segunda edição da exposição EXIT, integrada no festival MOLDA, foi inaugurada no passado sábado, dia 21, nas montras das Caldas da Rainha. Pode ser vista até dia 29.
A exposição tem curadoria do Prof. Fernando Carradas, docente da Escola Superior de Artes e Design. Lecciona no curso em cuja definição e reconhecimento se empenhou, Design de Produto – Cerâmica e Vidro, o qual sucedeu ao Curso de Design e Tecnologia para a Cerâmica, de que fora um dos primeiros alunos.
O projecto EXIT tem a particularidade de mostrar trabalhos em curso de profissionais que se formaram na ESAD, sejam eles hoje designers de indústria, artistas plásticos, exerçam actividade num quadro da grande produção, de pequenas séries saídas de ateliê ou peças únicas. À diversidade de produtos corresponde alguma diversidade geracional, pois embora a maior parte dos profissionais tenha frequentado a escola num período delimitado, entraram em formação com idades distintas, alguns já com percursos iniciados com formação prática e aprendizagem oficinal.
Numa exposição deste tipo, sobreposta ao roteiro comercial da cidade histórica, a diversidade é um valor operativo. Com poucas excepções, os lojistas que aceitarem acolher esta mostra de cerâmicas, são lojistas de matriz local, com uma configuração típica de pequeno comércio. Na edição de 2016, a EXIT teve a adesão de pouco mais de uma dezena de espaços comerciais, na de 2017 candidataram-se vinte e quatro.
As fotografias que acompanham esta nota não fazem jus à qualidade dos trabalhos apresentados. Mas os observadores atentos decerto registarão a maturidade dos seus autores e a cuidada selecção da curadoria, tanto na exigência dos projectos como na relação entre estes e os espaços expositivos destinados a cada um deles.

Para os visitantes externos, este mergulho, que a cidade lhes proporciona, na cerâmica contemporânea constituirá, creio, uma boa surpresa.

Joel Pereira
Óptica do Largo


Elsa Rebelo
Begónia Florista



Liliana Patrício
Vogal


Vitor Agostinho
Óptica Milénio 


Carla Rebelo
Benetton


Rita Frutuoso
Ourivesaria Amilcar Neves


Vera Gomes Sota
O Metro


Umbelina Barros
Maria Manuela 
Eneida Lombe Soares
Ourivesaria Carvalho 
Francisca Branco
Casa Fernandez




Catarina Nunes
Mercearia Pena



A abertura despertou grande interesse

Rogério Santos e Sérgio Flávio
Mercearia Pena


Pedro Miguel Almeida
Electrolíder


Inês Filipe e Rita Silvério
Mary Poppy


Gonçalo Martins
Mirene
Sérgio Vieira e Rute Rosa
Formen


Sérgio Vieira e Rute Rosa
Zelu 


Tânia Gonçalves
Exclusive Boutique


Vitor Reis
Sportino


Francisco Vieira Martins
Ourivesaria André Nogueira 


Vitor Agostinho
Opticália 


Francisco Vieira Martins
Monteiro Decorações


Vitor Agostinho
Optica 21


Thomas Mendonça
Hélia Arte Floral
Pastéis Bordalo, do Forno do Beco, no encerramento


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

A Oficina de Brennand no Recife. Fotografias de José Luis de Almeida e Silva, ca. 2009 [1]

Da apresentação, no site da Oficina:

A Oficina Brennand surge em 1971 nas ruínas de uma olaria do início do século XX, como materialização de um projeto obstinado e sem trégua do artista Francisco Brennand.  Antiga fábrica de tijolos e telhas herdada de seu pai, instalada nas terras do Engenho Santos Cosme e Damião, no bairro histórico da Várzea, e cercada por remanescentes da Mata Atlântica e pelas águas do Rio Capibaribe, a Cerâmica São João tornou-se fonte inspiradora e depositária da história do artista pernambucano.

Lugar único no mundo, a Oficina Brennand constitui-se num conjunto arquitetônico monumental de grande originalidade, em constante processo de mutação, onde a obra se associa à arquitetura para dar forma a um universo abissal, dionisíaco, subterrâneo, obscuro, sexual e religioso.


A presença do artista num trabalho contínuo de criação confere à Oficina um caráter inusitado, identificando-a como uma instituição intrinsecamente viva e com uma dinâmica que torna imprevisíveis os rumos da arquitetura e da obra.

As fotografias que se seguem foram amavelmente cedidas por José Luis Almeida e Silva, técnico superior do Cencal e docente da ESAD. Dada a extensão da recolha, efectuada por volta de 2009, as fotografais serão aqui publicadas em diversas séries, as primeiras das quais versam sobre o exterior da Oficina, as segunda sobre o interior e as terceiras sobre o parque de esculturas da cidade e as quartas sobre os painéis do aeroporto do Recife.