A Oficina
Brennand surge em 1971 nas ruínas de uma olaria do início do século XX, como
materialização de um projeto obstinado e sem trégua do artista Francisco
Brennand. Antiga fábrica de
tijolos e telhas herdada de seu pai, instalada nas terras do Engenho Santos
Cosme e Damião, no bairro histórico da Várzea, e cercada por remanescentes da
Mata Atlântica e pelas águas do Rio Capibaribe, a Cerâmica São João tornou-se
fonte inspiradora e depositária da história do artista pernambucano.
Lugar único no
mundo, a Oficina Brennand constitui-se num conjunto arquitetônico monumental de
grande originalidade, em constante processo de mutação, onde a obra se associa à
arquitetura para dar forma a um universo abissal, dionisíaco, subterrâneo,
obscuro, sexual e religioso.
A presença do
artista num trabalho contínuo de criação confere à Oficina um caráter
inusitado, identificando-a como uma instituição intrinsecamente viva e com uma
dinâmica que torna imprevisíveis os rumos da arquitetura e da obra.
As fotografias que se seguem foram amavelmente cedidas por José Luis Almeida e Silva, técnico superior do Cencal e docente da ESAD. Dada a extensão da recolha, efectuada por volta de 2009, as fotografais serão aqui publicadas em diversas séries, as primeiras das quais versam sobre o exterior da Oficina, as segunda sobre o interior e as terceiras sobre o parque de esculturas da cidade e as quartas sobre os painéis do aeroporto do Recife.
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